1021
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Acervo:
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A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
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Código de Ref.:
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RB-P28-012
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Espécie/Formato/Tipo:
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ARTIGO DE PERIÓDICO
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Título:
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Sociologia do folclore brasileiro V
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Descrição:
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A partir do conceito de “arqueocivilização” de M. Varagna procura estudar o folclore brasileiro em suas distintas expressões e sua distribuição em diferentes áreas. Faz um extenso estudo a respeito do folclore português e da sua adaptação às diferentes áreas geográficas, bem como à formação de um calendário folclórico brasileiro. Desenvolve estudos a respeito da memória coletiva, dando destaque ao antagonismo que existe entre vivos e mortos na concepção européia e indígena. Disserta sobre a autonomia de dois calendários: o folclórico e o cristão. Analisa as características do nomadismo indígena, a função do aldeamento cristão e o papel que teve a música na catequese dos índios, tendo havido uma cristianização dos ritos indígenas. Analisa os aspectos eróticos da dança negra no período colonial e fala da ação das confrarias religiosas na criação de um folclore artificial, com festas religiosas nos engenhos de cana. Comenta a resistência do folclore tradicional, expresso na parte profana dessas festas. Enfatiza ainda a importância da criação de um calendário que estruture o folclore por uma duração socialmente ordenada de eventos. Esses aspectos organizatórios são de extrema importância para o estudo do folclore e seu sincretismo. Afirma que a artificialidade do folclore resulta da adaptação étnica e regional do folclore puro ao Cristianismo. Esse folclore artificial foi criado para suprir necessidades sociais que a instituição religiosa não dispunha, havendo, para tanto, a integração entre a Igreja, os fazendeiros e senhores de engenho e a vida nas fazendas e nos engenhos de cana. Destaca que a catequese se defrontou com um conflito de interesses: a instituição religiosa, preocupada com a conversão e os proprietários de terras e escravos, preocupados com a reprodução da mão-de-obra. Bastide ressalta a influência da maior ou menor riqueza das regiões nas festas anuais, havendo inclusive a criação de “folias”, cuja finalidade era a criação de fundos para tais acontecimentos. A influência da subvenção das festas repercute na duração e freqüência destas no calendário. Finalmente, analisando as várias influências na criação do calendário folclórico, destaca o papel das corporações de ofício bem como da sobrevivência das diferenças raciais e regionais, que permanecem na sua especificidade. Concluindo o trabalho, analisa os quatro momentos de aglutinação das festas folclóricas: o Natal, o Carnaval, Festas Juninas e a Festa do Divino. Para essas datas são atraídas as manifestações não datadas como a magia e a adivinhação. A conclusão de Bastide é a de que houve no Brasil uma adaptação da arqueocivilização à sociedade patriarcal escravista.
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Localidade:
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São Paulo, SP, BRA
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Data:
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25/12/1949
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Autor:
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Roger Bastide
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Ver mais detalhes
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1022
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Acervo:
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A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
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Código de Ref.:
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RB-P28-013
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Espécie/Formato/Tipo:
|
ARTIGO DE PERIÓDICO
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Título:
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Sociologia do folclore brasileiro VI
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Descrição:
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A partir do conceito de “arqueocivilização” de M. Varagna procura estudar o folclore brasileiro em suas distintas expressões e sua distribuição em diferentes áreas. Faz um extenso estudo a respeito do folclore português e da sua adaptação às diferentes áreas geográficas, bem como à formação de um calendário folclórico brasileiro. Desenvolve estudos a respeito da memória coletiva, dando destaque ao antagonismo que existe entre vivos e mortos na concepção européia e indígena. Disserta sobre a autonomia de dois calendários: o folclórico e o cristão. Analisa as características do nomadismo indígena, a função do aldeamento cristão e o papel que teve a música na catequese dos índios, tendo havido uma cristianização dos ritos indígenas. Analisa os aspectos eróticos da dança negra no período colonial e fala da ação das confrarias religiosas na criação de um folclore artificial, com festas religiosas nos engenhos de cana. Comenta a resistência do folclore tradicional, expresso na parte profana dessas festas. Enfatiza ainda a importância da criação de um calendário que estruture o folclore por uma duração socialmente ordenada de eventos. Esses aspectos organizatórios são de extrema importância para o estudo do folclore e seu sincretismo. Afirma que a artificialidade do folclore resulta da adaptação étnica e regional do folclore puro ao Cristianismo. Esse folclore artificial foi criado para suprir necessidades sociais que a instituição religiosa não dispunha, havendo, para tanto, a integração entre a Igreja, os fazendeiros e senhores de engenho e a vida nas fazendas e nos engenhos de cana. Destaca que a catequese se defrontou com um conflito de interesses: a instituição religiosa, preocupada com a conversão e os proprietários de terras e escravos, preocupados com a reprodução da mão-de-obra. Bastide ressalta a influência da maior ou menor riqueza das regiões nas festas anuais, havendo inclusive a criação de “folias”, cuja finalidade era a criação de fundos para tais acontecimentos. A influência da subvenção das festas repercute na duração e freqüência destas no calendário. Finalmente, analisando as várias influências na criação do calendário folclórico, destaca o papel das corporações de ofício bem como da sobrevivência das diferenças raciais e regionais, que permanecem na sua especificidade. Concluindo o trabalho, analisa os quatro momentos de aglutinação das festas folclóricas: o Natal, o Carnaval, Festas Juninas e a Festa do Divino. Para essas datas são atraídas as manifestações não datadas como a magia e a adivinhação. A conclusão de Bastide é a de que houve no Brasil uma adaptação da arqueocivilização à sociedade patriarcal escravista.
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Localidade:
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São Paulo, SP, BRA
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Data:
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31/12/1949
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Autor:
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Roger Bastide
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Ver mais detalhes
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1023
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Acervo:
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A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
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Código de Ref.:
|
RB-P28-014
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Espécie/Formato/Tipo:
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ARTIGO DE PERIÓDICO
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Título:
|
Sociologia do folclore brasileiro VII
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Descrição:
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A partir do conceito de “arqueocivilização” de M. Varagna procura estudar o folclore brasileiro em suas distintas expressões e sua distribuição em diferentes áreas. Faz um extenso estudo a respeito do folclore português e da sua adaptação às diferentes áreas geográficas, bem como à formação de um calendário folclórico brasileiro. Desenvolve estudos a respeito da memória coletiva, dando destaque ao antagonismo que existe entre vivos e mortos na concepção européia e indígena. Disserta sobre a autonomia de dois calendários: o folclórico e o cristão. Analisa as características do nomadismo indígena, a função do aldeamento cristão e o papel que teve a música na catequese dos índios, tendo havido uma cristianização dos ritos indígenas. Analisa os aspectos eróticos da dança negra no período colonial e fala da ação das confrarias religiosas na criação de um folclore artificial, com festas religiosas nos engenhos de cana. Comenta a resistência do folclore tradicional, expresso na parte profana dessas festas. Enfatiza ainda a importância da criação de um calendário que estruture o folclore por uma duração socialmente ordenada de eventos. Esses aspectos organizatórios são de extrema importância para o estudo do folclore e seu sincretismo. Afirma que a artificialidade do folclore resulta da adaptação étnica e regional do folclore puro ao Cristianismo. Esse folclore artificial foi criado para suprir necessidades sociais que a instituição religiosa não dispunha, havendo, para tanto, a integração entre a Igreja, os fazendeiros e senhores de engenho e a vida nas fazendas e nos engenhos de cana. Destaca que a catequese se defrontou com um conflito de interesses: a instituição religiosa, preocupada com a conversão e os proprietários de terras e escravos, preocupados com a reprodução da mão-de-obra. Bastide ressalta a influência da maior ou menor riqueza das regiões nas festas anuais, havendo inclusive a criação de “folias”, cuja finalidade era a criação de fundos para tais acontecimentos. A influência da subvenção das festas repercute na duração e freqüência destas no calendário. Finalmente, analisando as várias influências na criação do calendário folclórico, destaca o papel das corporações de ofício bem como da sobrevivência das diferenças raciais e regionais, que permanecem na sua especificidade. Concluindo o trabalho, analisa os quatro momentos de aglutinação das festas folclóricas: o Natal, o Carnaval, Festas Juninas e a Festa do Divino. Para essas datas são atraídas as manifestações não datadas como a magia e a adivinhação. A conclusão de Bastide é a de que houve no Brasil uma adaptação da arqueocivilização à sociedade patriarcal escravista.
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Localidade:
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São Paulo, SP, BRA
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Data:
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7/1/1950
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Autor:
|
Roger Bastide
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Ver mais detalhes
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1024
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Acervo:
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A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
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Código de Ref.:
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RB-P28-015
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Espécie/Formato/Tipo:
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ARTIGO DE PERIÓDICO
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Título:
|
Sociologia do folclore brasileiro VIII
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Descrição:
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A partir do conceito de “arqueocivilização” de M. Varagna procura estudar o folclore brasileiro em suas distintas expressões e sua distribuição em diferentes áreas. Faz um extenso estudo a respeito do folclore português e da sua adaptação às diferentes áreas geográficas, bem como à formação de um calendário folclórico brasileiro. Desenvolve estudos a respeito da memória coletiva, dando destaque ao antagonismo que existe entre vivos e mortos na concepção européia e indígena. Disserta sobre a autonomia de dois calendários: o folclórico e o cristão. Analisa as características do nomadismo indígena, a função do aldeamento cristão e o papel que teve a música na catequese dos índios, tendo havido uma cristianização dos ritos indígenas. Analisa os aspectos eróticos da dança negra no período colonial e fala da ação das confrarias religiosas na criação de um folclore artificial, com festas religiosas nos engenhos de cana. Comenta a resistência do folclore tradicional, expresso na parte profana dessas festas. Enfatiza ainda a importância da criação de um calendário que estruture o folclore por uma duração socialmente ordenada de eventos. Esses aspectos organizatórios são de extrema importância para o estudo do folclore e seu sincretismo. Afirma que a artificialidade do folclore resulta da adaptação étnica e regional do folclore puro ao Cristianismo. Esse folclore artificial foi criado para suprir necessidades sociais que a instituição religiosa não dispunha, havendo, para tanto, a integração entre a Igreja, os fazendeiros e senhores de engenho e a vida nas fazendas e nos engenhos de cana. Destaca que a catequese se defrontou com um conflito de interesses: a instituição religiosa, preocupada com a conversão e os proprietários de terras e escravos, preocupados com a reprodução da mão-de-obra. Bastide ressalta a influência da maior ou menor riqueza das regiões nas festas anuais, havendo inclusive a criação de “folias”, cuja finalidade era a criação de fundos para tais acontecimentos. A influência da subvenção das festas repercute na duração e freqüência destas no calendário. Finalmente, analisando as várias influências na criação do calendário folclórico, destaca o papel das corporações de ofício bem como da sobrevivência das diferenças raciais e regionais, que permanecem na sua especificidade. Concluindo o trabalho, analisa os quatro momentos de aglutinação das festas folclóricas: o Natal, o Carnaval, Festas Juninas e a Festa do Divino. Para essas datas são atraídas as manifestações não datadas como a magia e a adivinhação. A conclusão de Bastide é a de que houve no Brasil uma adaptação da arqueocivilização à sociedade patriarcal escravista.
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Localidade:
|
São Paulo, SP, BRA
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Data:
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21/1/1950
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Autor:
|
Roger Bastide
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Ver mais detalhes
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1025
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Acervo:
|
A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
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Código de Ref.:
|
RB-P28-016
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Espécie/Formato/Tipo:
|
ARTIGO DE PERIÓDICO
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Título:
|
Sociologia do folclore brasileiro IX
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Descrição:
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A partir do conceito de “arqueocivilização” de M. Varagna procura estudar o folclore brasileiro em suas distintas expressões e sua distribuição em diferentes áreas. Faz um extenso estudo a respeito do folclore português e da sua adaptação às diferentes áreas geográficas, bem como à formação de um calendário folclórico brasileiro. Desenvolve estudos a respeito da memória coletiva, dando destaque ao antagonismo que existe entre vivos e mortos na concepção européia e indígena. Disserta sobre a autonomia de dois calendários: o folclórico e o cristão. Analisa as características do nomadismo indígena, a função do aldeamento cristão e o papel que teve a música na catequese dos índios, tendo havido uma cristianização dos ritos indígenas. Analisa os aspectos eróticos da dança negra no período colonial e fala da ação das confrarias religiosas na criação de um folclore artificial, com festas religiosas nos engenhos de cana. Comenta a resistência do folclore tradicional, expresso na parte profana dessas festas. Enfatiza ainda a importância da criação de um calendário que estruture o folclore por uma duração socialmente ordenada de eventos. Esses aspectos organizatórios são de extrema importância para o estudo do folclore e seu sincretismo. Afirma que a artificialidade do folclore resulta da adaptação étnica e regional do folclore puro ao Cristianismo. Esse folclore artificial foi criado para suprir necessidades sociais que a instituição religiosa não dispunha, havendo, para tanto, a integração entre a Igreja, os fazendeiros e senhores de engenho e a vida nas fazendas e nos engenhos de cana. Destaca que a catequese se defrontou com um conflito de interesses: a instituição religiosa, preocupada com a conversão e os proprietários de terras e escravos, preocupados com a reprodução da mão-de-obra. Bastide ressalta a influência da maior ou menor riqueza das regiões nas festas anuais, havendo inclusive a criação de “folias”, cuja finalidade era a criação de fundos para tais acontecimentos. A influência da subvenção das festas repercute na duração e freqüência destas no calendário. Finalmente, analisando as várias influências na criação do calendário folclórico, destaca o papel das corporações de ofício bem como da sobrevivência das diferenças raciais e regionais, que permanecem na sua especificidade. Concluindo o trabalho, analisa os quatro momentos de aglutinação das festas folclóricas: o Natal, o Carnaval, Festas Juninas e a Festa do Divino. Para essas datas são atraídas as manifestações não datadas como a magia e a adivinhação. A conclusão de Bastide é a de que houve no Brasil uma adaptação da arqueocivilização à sociedade patriarcal escravista.
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Localidade:
|
São Paulo, SP, BRA
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Data:
|
31/1/1950
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Autor:
|
Roger Bastide
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Ver mais detalhes
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1026
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Acervo:
|
A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
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Código de Ref.:
|
RB-P28-017
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Espécie/Formato/Tipo:
|
ARTIGO DE PERIÓDICO
|
Título:
|
Sociologia do folclore brasileiro X
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Descrição:
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A partir do conceito de “arqueocivilização” de M. Varagna procura estudar o folclore brasileiro em suas distintas expressões e sua distribuição em diferentes áreas. Faz um extenso estudo a respeito do folclore português e da sua adaptação às diferentes áreas geográficas, bem como à formação de um calendário folclórico brasileiro. Desenvolve estudos a respeito da memória coletiva, dando destaque ao antagonismo que existe entre vivos e mortos na concepção européia e indígena. Disserta sobre a autonomia de dois calendários: o folclórico e o cristão. Analisa as características do nomadismo indígena, a função do aldeamento cristão e o papel que teve a música na catequese dos índios, tendo havido uma cristianização dos ritos indígenas. Analisa os aspectos eróticos da dança negra no período colonial e fala da ação das confrarias religiosas na criação de um folclore artificial, com festas religiosas nos engenhos de cana. Comenta a resistência do folclore tradicional, expresso na parte profana dessas festas. Enfatiza ainda a importância da criação de um calendário que estruture o folclore por uma duração socialmente ordenada de eventos. Esses aspectos organizatórios são de extrema importância para o estudo do folclore e seu sincretismo. Afirma que a artificialidade do folclore resulta da adaptação étnica e regional do folclore puro ao Cristianismo. Esse folclore artificial foi criado para suprir necessidades sociais que a instituição religiosa não dispunha, havendo, para tanto, a integração entre a Igreja, os fazendeiros e senhores de engenho e a vida nas fazendas e nos engenhos de cana. Destaca que a catequese se defrontou com um conflito de interesses: a instituição religiosa, preocupada com a conversão e os proprietários de terras e escravos, preocupados com a reprodução da mão-de-obra. Bastide ressalta a influência da maior ou menor riqueza das regiões nas festas anuais, havendo inclusive a criação de “folias”, cuja finalidade era a criação de fundos para tais acontecimentos. A influência da subvenção das festas repercute na duração e freqüência destas no calendário. Finalmente, analisando as várias influências na criação do calendário folclórico, destaca o papel das corporações de ofício bem como da sobrevivência das diferenças raciais e regionais, que permanecem na sua especificidade. Concluindo o trabalho, analisa os quatro momentos de aglutinação das festas folclóricas: o Natal, o Carnaval, Festas Juninas e a Festa do Divino. Para essas datas são atraídas as manifestações não datadas como a magia e a adivinhação. A conclusão de Bastide é a de que houve no Brasil uma adaptação da arqueocivilização à sociedade patriarcal escravista.
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Localidade:
|
São Paulo, SP, BRA
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Data:
|
23/2/1950
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Autor:
|
Roger Bastide
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Ver mais detalhes
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|
1027
|
Acervo:
|
A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
|
Código de Ref.:
|
RB-P28-018
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Espécie/Formato/Tipo:
|
ARTIGO DE PERIÓDICO
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Título:
|
Sociologia do folclore brasileiro XI
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Descrição:
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A partir do conceito de “arqueocivilização” de M. Varagna procura estudar o folclore brasileiro em suas distintas expressões e sua distribuição em diferentes áreas. Faz um extenso estudo a respeito do folclore português e da sua adaptação às diferentes áreas geográficas, bem como à formação de um calendário folclórico brasileiro. Desenvolve estudos a respeito da memória coletiva, dando destaque ao antagonismo que existe entre vivos e mortos na concepção européia e indígena. Disserta sobre a autonomia de dois calendários: o folclórico e o cristão. Analisa as características do nomadismo indígena, a função do aldeamento cristão e o papel que teve a música na catequese dos índios, tendo havido uma cristianização dos ritos indígenas. Analisa os aspectos eróticos da dança negra no período colonial e fala da ação das confrarias religiosas na criação de um folclore artificial, com festas religiosas nos engenhos de cana. Comenta a resistência do folclore tradicional, expresso na parte profana dessas festas. Enfatiza ainda a importância da criação de um calendário que estruture o folclore por uma duração socialmente ordenada de eventos. Esses aspectos organizatórios são de extrema importância para o estudo do folclore e seu sincretismo. Afirma que a artificialidade do folclore resulta da adaptação étnica e regional do folclore puro ao Cristianismo. Esse folclore artificial foi criado para suprir necessidades sociais que a instituição religiosa não dispunha, havendo, para tanto, a integração entre a Igreja, os fazendeiros e senhores de engenho e a vida nas fazendas e nos engenhos de cana. Destaca que a catequese se defrontou com um conflito de interesses: a instituição religiosa, preocupada com a conversão e os proprietários de terras e escravos, preocupados com a reprodução da mão-de-obra. Bastide ressalta a influência da maior ou menor riqueza das regiões nas festas anuais, havendo inclusive a criação de “folias”, cuja finalidade era a criação de fundos para tais acontecimentos. A influência da subvenção das festas repercute na duração e freqüência destas no calendário. Finalmente, analisando as várias influências na criação do calendário folclórico, destaca o papel das corporações de ofício bem como da sobrevivência das diferenças raciais e regionais, que permanecem na sua especificidade. Concluindo o trabalho, analisa os quatro momentos de aglutinação das festas folclóricas: o Natal, o Carnaval, Festas Juninas e a Festa do Divino. Para essas datas são atraídas as manifestações não datadas como a magia e a adivinhação. A conclusão de Bastide é a de que houve no Brasil uma adaptação da arqueocivilização à sociedade patriarcal escravista.
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Localidade:
|
São Paulo, SP, BRA
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Data:
|
7/3/1950
|
Autor:
|
Roger Bastide
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Ver mais detalhes
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|
1028
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Acervo:
|
A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
|
Código de Ref.:
|
RB-P28-019
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Espécie/Formato/Tipo:
|
ARTIGO DE PERIÓDICO
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Título:
|
O folclore brasileiro e a geografia
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Descrição:
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Partindo do princípio de que a Geografia humana é a “ciência dos fatos visíveis e sensíveis”, propõe uma análise das ligações entre o folclore e a Geografia no Brasil. Destaca a importância da comunicação e da industrialização na formação do folclore, ligando-o ao gênero de vida e à modificação deste. Há uma mútua influência no conhecimento das duas áreas (Geografia e folclore). Numa segunda parte, especificamente do folclore brasileiro e o meio físico, analisa as condições de isolamento, concentração e dispersão populacional nas festas, bem como a implicação da estrutura colonial, baseada na casa grande e na senzala em substituição à aldeia e ao terreiro. Destaca a inversão havida na adaptação do calendário europeu em função da inversão das estações climáticas. Bastide reitera o caráter fluido do folclore em razão das condições sociais e geográficas do meio. Ainda a respeito das relações entre a Geografia, paisagem e folclore, distingue áreas naturais e áreas culturais, ressaltando a importância do folclore em sua delimitação. Distingue também folclore rural de urbano e chama a atenção para o estudo da Ecologia, ligada à sociologia e à Geografia.
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Localidade:
|
São Paulo, SP, BRA
|
Autor:
|
Roger Bastide
|
Ver mais detalhes
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|
1029
|
Acervo:
|
A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
|
Código de Ref.:
|
RB-P28-020
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Espécie/Formato/Tipo:
|
ARTIGO DE PERIÓDICO
|
Título:
|
Sobre la introducción del folclore en la educación
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Descrição:
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Reflexões de Bastide a respeito da validade de se implantar o Folclore como disciplina escolar. Pondera as qualidades e defeitos dessa medida, uma vez que fatalmente ocorrerá uma modificação do folclore infantil, que é diferencial, espontâneo e funcional, além de ser sobrevivência de antigas culturas. Para Bastide, o maior perigo da medida será o falseamento do folclore infantil, que se tornaria estandardizado, perdendo com isso a sua espontaneidade.
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Localidade:
|
Cidade do México [Ciudad de México], MEX
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Data:
|
1955
|
Autor:
|
Roger Bastide
|
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|
1030
|
Acervo:
|
A Produção Intelectual de Roger Bastide - DRP020
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Código de Ref.:
|
RB-P28-021
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Espécie/Formato/Tipo:
|
PREFÁCIO
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Título:
|
Prefácio
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Descrição:
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Analisa a maneira como Maynard de Araujo ultrapassa o folclore como pitoresco e espécie de exotismo rural para ir fazer um estudo científico. Ressalta o caráter pedagógico da obra e o uso da fotografia como técnica de “confirmação dos documentos orais e escritos”. Maynard de Araujo mostra a complexidade do folclore paulista e, como observador participante, conseguiu captar a fidelidade com a qual São Paulo guardou a herança de diversas origens..
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Localidade:
|
São Paulo, SP, BRA
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Autor:
|
Roger Bastide
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Ver mais detalhes
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